Moradores das ruas Maria Quitéria e Vitória, centro de Magé, estão sofrendo com a falta d’àgua.
Segundo os moradores, o problema se arrasta já há dois anos. O curioso é que no entorno do bairro todos tem água encanada. Durante este tempo, diversos abaixo-assinados foram promovidos e entregues à diretoria regional da CEDAE, sem entretanto obter êxito. Durante este tempo as contas de cobrança não param de chegar e existem até mesmo moradores que estão no SPC e Serasa por atraso de pagamento de um produto que não é fornecido: a água.
As duas ruas em questão ficam na direção do bairro Piedade e apenas a 200 metros passa o cano da obra do PAC que beneficiará os distritos de Suruí e Praia de Mauá, mas não poderão ser utilizados para atender a esta demanda.
Água de poço artesiano
Para tentar remediar a situação, os moradores começaram a utilizar água de poços artesianos, que foram cavados em seus respectivos quintais. A água extraída é de péssima qualidade, de cor alaranjada, e seu cheiro é muito desagradável. A rua também não conta com saneamento básico, e os moradores utilizam para escoamento do esgoto residencial o sistema de sumidouro, que consiste basicamente em um buraco onde os dejetos são despejados in natura. Com a proximidade entre os poços artesianos e os sumidouros, já começam a aparecer pessoas com hepatites e sintomas de diarréia.
Segundo pesquisa divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ,que investiga o meio ambiente nos 5.560 municípios brasileiros, a presença de esgoto a céu aberto é a alteração ambiental que mais afeta a população, e neste sentido os moradores mais uma vez solicitam à CEDAE que efetue as obras necessárias para o urgente retorno da água ao local, evitando assim que se tenha mais e mais ocorrência de doença endêmica ou epidemia.
Uma amostra da água de poço artesiano foi recolhida por nossa equipe e enviada para análise, que será publicada na próxima edição.
