quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Omissão do IPHAN incentiva invasões e põe gestão em xeque

 
 
 
 
Não é de hoje que este jornal vem denunciando o abandono que vem sofrendo a Primeira Ferrovia e seu entorno, cujo treco tem por responsável o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional.
O Pátio da Estação vem sofrendo invasões desde o ano de 1999, assim como o leito da ferrovia. Essas invasões deveriam ser contidas e embargadas pelo órgão responsável, que é  o IPHAN, mas seus ex diretores  atualmente respondem processo pelo ministério público por improbidade administrativa  devido ao aluguel da área para uma prestadora de serviços da Petrobrás, a GDK. Hoje a mesma não mais existe, devido às centenas de ações trabalhistas na justiça, vem operando n o mercado com outro nome.
Diante do descaso, a Associação de Preservação Ferroviária não sabe a quem apelar. Cansados de denunciar  ao IPHAN sem que nenhuma providência seja tomada, apela agora para órgãos da imprensa fala e escrita, como uma forma de sensibilizar a entidade. Recentemente os trilhos próximos á estação foram queimados e a réplica da locomotiva BARONEZA, doada pelo deputado Sávio Neves ao Município, encontra-se com pichações e teve seu para choque arrancado. Recentemente a prefeitura de Magé, numa tentativa de revitalizar a área, instalou um braço da secretaria de cultura na Casa do Agente, mas aí o IPHAN interviu e determinou que o órgão se retirasse. Uma tentativa de facilitar o acesso a visitantes culminou em um processo contra a prefeitura de Magé, que se encontra de mãos atadas em relação ao espaço.
A mais nova invasão fica ao lado da placa do IPHAN e fica justamente onde passava os trilhos. Para  ter comoção social uma placa sinaliza que se trata de uma igreja evangélica. Na foto, Sr Henrique Silveira, do Movimento de Preservação Ferroviária, aponta para a construção.
Esperamos que esta matéria sensibilize aos responsáveis pela preservação desta área, e que o IPHAN cumpra sua função de verdadeiramente preservar, fiscalizar e intervir diante de tantas atrocidades em relação ao patrimônio que se encontra em nosso município.
Danilo Fernandes
 


 





 

 

 



 

 

 


 




 







domingo, 15 de dezembro de 2013

Mostra “OLHAR DE UM TEMPO” Vai até dia 18 de dezembro em Magé

 Terminará no dia 18 de dezembro a exposição do Artista Plástico Deneir De Souza Martins. A Mostra está em exposição do dia 1º de dezembro e ficará até o dia 18 no andar superior da rodoviária de Piabetá, e vem atraindo a atenção dos visitantes que podem ver de perto a arte e a sensibilidade deste artista que nos surpreende a cada obra. Natural da cidade de Campos de Goytacazes, Deneir escolheu a cidade de Magé para viver. Esta é a Primeira exposição do Artista em Magé, que começou sua vida artística aos 19 anos de idade e que em 1992, ao participar do evento Rio 92, mudou completamente o seu conceito em relação a arte, passando a adotar a reciclagem como o seu meio artístico, tanto em artes plásticas. Com mais de 50 obras expostas entre quadros, brinquedos, engenhocas, bicicleta voadora, e os famosos e belos balões, a exposição causa forte impacto e encanta os visitantes. Como parte da composição de suas obras, o artista se apropria de latinhas, persianas, móveis reaproveitados, embalagens usadas, entre outras coisas, transformando o que seria lixo, em verdadeiras Obras de Arte. A galeria é dividida em duas partes para que o espectador tienha contato direto com suas criações. Do lado direito de quem adentra a galeria ficam expostas obras como o / Vodu de Agnese, São Francisco do Pantanal, A Serpente e o Arco-íris, A mais querida (em homenagem a Mangueira), os famosos Balões Denise, Árabe, Foguete, Geométrico e Com Piões. Na parte esquerda da galeria, ficam os objetos que expressam o lado lúdico do artista como: os brinquedos feitos com material reciclável, cornetas, carrinhos e a máquina de fazer arte que possui forte referência do artista americano Pollock, por fazer desenhos abstratos. “Não importa o tamanho, adulto ou criança, pode criar sua própria obra de arte. O que antes era um ventilador e um exaustor agora fazem os visitantes criarem sua própria arte”, explica Deneir. Com realização do SESC e apoio da Fundação E. Cultural de Magé, a exposição é um presente para Magé, e um ganho para a população local, pois possibilita o acesso de todos os visitantes ao mundo fantástico das obras de arte deste Artista que escolheu Magé como morada e fonte de inspiração para sua obra que nos enche de alegria e orgulho. O Curador da Exposição foi Alexsandro Rosa Diretor de Artes Visuais da Fundação E. Cultural de Magé Para melhores informações Tel: 97149-7894

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

1.º CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA CULTURAL DE MAGÉ

No centenário do poeta Vinicius de Moraes, dia 19 de outubro, o município de Magé deu posse ao seu primeiro Conselho Municipal de Política Cultural de Magé, dando cumprimento ao disposto na Lei Municipal n.º 2.181/2013, que extinguiu o antigo Conselho Municipal de Cultura e criou o novo órgão colegiado. O conselho é composto por 11 representantes do poder público municipal e 11 representantes da sociedade civil, que foram eleitos durante o evento, para o biênio 2013/2015. A eleição e a posse ocorreram no Rotary Clube de Magé, durante a Conferência Ampliada de Cultura, presidida pela Professora Alcília Brandão Teixeira, Presidente da Fundação Educacional e Cultural de Magé. Foram eleitos e empossados os seguintes representantes da sociedade civil: Alfredo Brandão, (Cultura Popular), André Luis Alves dos Santos (Música), Antônio Carlos Reb ello (Patrimônio Cultural), Antônio Seixas (Literatura), Carlos André Guimarães da Silva (Arte Digital), Claudia Maria Loiola de Santana (Cultura Afro-brasileira), Deneir Martins (Artes Visuais), Durval Carlos Jardim (Artesanato), Lígia da Silva Gouvêa (Identidade, Diversidade e Gênero), Lilian Katherine dos Santos de Souza (Artes Cênicas) e Marcelo Silva dos Santos (Dança). No dia 22 de outubro, no Grêmio Musical Mageense, ocorreu a primeira reunião do Conselho Municipal de Política Cultural de Magé, ocasião em que os conselheiros aprovaram o regimento interno, que será homologado pelo Prefeito Nestor Vidal Neto. Na oportunidade, o advogado e historiador Antônio Seixas foi eleito Presidente do Conselho e Alfredo Brandão, Presidente do Grêmio Musical Mageense e da Comissão do Carnaval de Magé (COCAMA), foi eleito Secretário-Geral. A próxima reunião do Conselho Municipal de Política Cultural de Magé será no dia 04 de novembro, às 17, na Fundação E ducacional e Cultural de Magé.

Secretário visita Memorial do Trem e anuncia para breve Museu Fotográfico Ferroviário em Magé

O Secretário de Esporte Lazer Turismo e Terceira Idade, Leandro Rodrigues, visitou no dia 1º de Novembro o Memorial do Trem, no bairro do Engenho de Dentro. Na ocasião, o secretário anunciou que está articulando junto com a Prefeitura de Magé, a criação do Museu Fotográfico do Trem, que provavelmente será instalado no espaço onde a GDK estava instalada, ao lado da Estação de Guia de Pacobaíba, em Praia de Mauá. Segundo o secretário, “o Museu Ferroviário será essencialmente fotográfico, uma vez que Magé não dispõe de peças que possibilitem a formação de um acervo. As peças que fizeram a história da 1ª Ferrovia estão espalhadas por museus em todo o Brasil, e o objetivo é trazer para este museu, a fotografia destas peças,” explicou. Baixo Custo Ainda segundo Leandro, esta iniciativa não exigirá recurso do município, pois a Secretaria utilizará parcerias para a confecção dos quadros que ficarão expostos, e que deverá receber a visita de dezenas de alunos diariamente da rede pública e privada. Em relação à data da implantação, o secretário foi cauteloso: _” Estamos trabalhando firme para a implantação, mas um Museu não se cria de uma hora para a outra. A pesquisa do acervo já está bem adiantada, assim como as fotos que estão sendo catalogadas e sendo escolhidas para a exposição permanente”, concluiu. O museu deverá contar também com guias capacitados para orientar e explicar aos visitantes o contexto do município nesta época, assim como a importância deste empreendimento que projetou o Brasil no cenário mundial.

Poluição gerada pela Essencis causa doenças em três bairros de Magé

A empresa opera com resíduos tóxicos há quase 15 anos no município Ironicamente o nome é Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA), mas, para os moradores dos bairros Parque Boneville, Barão de Iriri I e II, é o endereço do perigo. Trata-se de uma unidade de tratamento de resíduos tóxicos, instalada em 1998 nas margens da Rodovia Rio-Teresópolis, para, segundo foi alegado na época “levar o progresso e gerar empregos”. Passados quase 15 anos a única coisa que o CTVA levou para o município de Magé são poluição e casos de doenças. A empresa, que chegou à cidade com o nome de Ambiência, agora é Essencis Solução Ambiental, mas, reclamam os moradores do seu entorno, nada mudou, muito pelo contrário, “as coisas só pioraram”. Nos últimos 12 meses a empresa recebeu várias multas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, está com o alvará vencido e tudo indica que esse documento não será renovado, mas quanto à licença ambiental, essa é de competência do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o mesmo que vem liberando licenças para empresas poluidoras em vários pontos do território fluminense. A Essencis funciona numa área de 440 mil metros quadrados, instalada em 20 mil metros quadrados de galpões cobertos e são neles que o perigo habita. De frente para a empresa está o bairro Parque Boneville e do lado oposto os bairros Barão de Iriri I e II, distantes cerca de três quilômetros, distancia que não impede os moradores de sofrerem as consequências. A empresa foi notificada pelo Inea de que deveria instalar seis filtros anti-odor, providenciou apenas dois e ficou por isso mesmo. Os moradores do entorno reclamam que durante a madrugada o ar é tomado por forte cheiro de gás e por uma fumaça negra (resultado da queima do lixo hospitalar), o que dificulta a respiração. O problema afeta diretamente aos alunos da Escola Municipal Parque Boneville e, de acordo com os pais, muitos estudantes sofrem com problemas respiratórios. Em agosto o Inea foi novamente acionado pelos moradores, mas a situação continua a mesma. “A situação aqui é insustentável. Já vivia aqui com a minha família antes dessa empresa vir para cá. Quem deu a licença para o funcionamento dessa coisa ruim certamente não pensou em nós, em nossas crianças. Antes funcionava aqui a Emaq, que gerava empregos e não poluía. Agora tem essa aí, que não traz benefício algum”, protesta José Francisco de Souza. Braço de dois grandes grupos empresarias (Solvi e Cavo), a Essencis foi fundada em 2001 e atua em todo o território nacional e é apontada como líder do mercado no Brasil e detentora de muita influência, o que, segundo alguns moradores, estaria contribuindo para que o Instituto Estadual do Ambiente evitasse tomar decisões mais enérgicas.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Manifesto contra pedágio paralisa rodovia

Cerca de 2000 pessoas se reuniram para protestar contra o pedágio, no dia 28 de junho. A manifestação foi articulada pelas redes sociais e reuniu moradores do 5º distrito de Magé, Praia de Mauá, que fica a poucos metros do pedágio. O pedágio, que se instalou no município na década de 80, vem prejudicando o crescimento da cidade e para os manifestantes, “é um câncer” que trava o desenvolvimento de Magé. No início, a praça era administrada pelo governo federal, mas a CRT (Concessionária Rio Teresópolis) ganhou a concessão para operar a rodovia. Para alguns, a estrada foi construída com o dinheiro do povo e entregue de mãos beijadas pelo governo a empreiteiras, que geralmente arcam com as campanhas de políticos. Em agosto de 1995, a Construtora OAS venceu a concorrência do DNER para a administração da rodovia e convidou as empresas Carioca Christiani-Nielsen Engenharia S/A, Construtora Queiroz Galvão S/A e EIT-Empresa Industrial Técnica S/A para formar a CRT - Concessionária Rio-Teresópolis S/A que, desde 22 de março de 1996, administra os 142,5 quilômetros da Rio-Teresópolis-Além Paraíba (BR-116/RJ), no Estado do Rio de Janeiro. O trecho sob a concessão da CRT abrange a região onde estão os municípios de Duque de Caxias (a partir do entroncamento com a BR-040/RJ), Magé, Guapimirim, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sapucaia, indo até a divisa com Minas Gerais, próximo à cidade de Além Paraíba. Os manifestantes começaram a se organizar em frente à entrada de Mauá e caminharam vagarosamente em direção à praça do pedágio. Durante a caminhada palavras de ordem foram ditas e diversas faixas denunciavam a insatisfação em realação à CRT. A polícia rodoviária federal acompanhou o protesto, e houve até mesmo um policial que tentou “negociar” com os manifestantes, como se fosse um preposto da CRT. Diante da negativa do grupo que apesar de reconhecer a autoridade policial do suposto negociador exigiu alguém da concessionária, dois diretores se dispuseram a responder algumas perguntas e até uma reunião foi marcada para breve. Uma questão que chamou muito a atenção dos presentes à reunião rápida que se formou no pátio da empresa, foi a declaração de seu diretor de que os acessos às estradas paralelas à rodovia para aqueles que driblavam o pedágio foram fechadas, a pedido da própria prefeitura, que na ocasião não “tinha” condições de executar a obra. Este acontecimento se deu no governo de Charles Cozzolino. O diretor afirmou também que tem um convênio com a prefeitura de Magé, onde mensalmente são doados toneladas de asfalto. Esta parceria, segundo palavras do diretor, vem de anos! Em relação à isenção de pedágio para moradores, ele foi taxativo: A CRT não tem autoridade para tal, cabendo tão somente à ANTT ( Agência Nacional de Transportes Terrestres). Mesmo se a CRT quisesse, não poderia. Após elogiar a ação dos manifestantes, ele solicitou ao MOVIMENTO que se organizasse, assim como fizesse uma lista das reivindicações, para que de posse dela, as partes se sentassem para junto com a ANTT, achar uma possível solução. O protesto ocorreu dentro da normalidade, foi pacífico e ordeiro. O trânsito no sentido Rio de Janeiro foi desviado por Piabetá e em sentido à Teresópolis por via Imbariê. Segundo os organizadores, novas manifestações serão feitas até que o objetivo seja alcançado. Representantes de outros distrito se fizeram presentes, como o representante da Associação de Moradores do Parque Estrela e Associação de Moradores de Suruí, representada por Renilda Jardim.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Em 30 de abril, estação de Guia de Pacobaíba fará aniversário No próximo dia 30 de abril a estação de Guia de Pacobaíba completará 159 anos. No ano passado a data foi comemorada em grande estilo, quando uma réplica da Baroneza, primeira locomotiva a rodar em solo brasileiro, foi colocada em exposição no local, onde se encontra até hoje sem nenhuma cobertura, fadada ao mesmo destino da estação, ao apodrecimento devido ao natural desgaste sofrido a toda matéria exposta ao sol e à chuva. Durante as comemorações do ano passado, até o secretário de transporte do Estado esteve presente, e Júlio Lopes fez discurso inflamado onde promessas foram feitas. O prefeito de Magé destacou na ocasião a importância para o turismo da região a restauração e manutenção do espaço. Após a cerimônia, que atraiu cerca de mil pessoas, os projetos caíram no esquecimento, e até agora nada foi feito no sentido de valorizar o espaço. Nem mesmo o roçado do mato é feito no local, que tem iluminação precária. Alguns idealistas ferroviários ainda tentam implantar uma biblioteca no local para consulta de estudantes, mas é difícil o acesso devido a buracos e grande quantidade de lama nas ruas laterais que dão na estação. Mas certamente nesta data estará tudo perfeito. Com certeza no dia 30 estará tudo muito bonito, e os netos e bisnetos do Baraõ de Mauá serão convidados, assim como autoridades que novos discursos e novas promessas farão. A Baroneza será pintada, o mato será cortado, as pedras do caminho serão pintadas de branco e tudo parecerá perfeito. Após os discursos, no coração de nós moradores ficará apenas a tristeza e a certeza de que nada será feito até o próximo aniversário, e a estação terá pela frente mais um ano para agonizar, a espera de um projeto que dê realmente sentido à sua história, que posto em prática alavancará o turismo e gerará renda para o município e para um grande número de mageenses que estarão inseridos no contexto desta realização.