Revoltado com a suspensão das eleições diretas para prefeito em Magé, um grupo de vereadores pretende questionar hoje o presidente interino da Câmara de Vereadores, Leonardo da Vila (PP), sobre a liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a seu pedido, que cancelou as eleições suplementares para prefeito e vice que seriam realizadas no dia 17 de julho.
Amsterdam Santos Viana (PMDB), Carlinhos do Hospital (PSDB) e Leandro Rodrigues (PRD) denunciam que o presidente da câmara agiu sozinho, sem consultar a casa sobre a intenção de ir ao TSE suspender a eleição. Eles ressaltam que o processo de cassação do mandato da prefeita Núbia Cozzolino e do vice Rozan Gomes ocorreu ainda em 2010, antes de os dois completarem dois anos no cargo, o que obrigaria a realização de eleições diretas.
— A decisão do presidente da câmara foi uma ação isolada. Estão achando que esta é uma terra sem lei! — diz Leandro, que descobriu pela imprensa que não haveria mais eleições no dia 17.
Ex-presidente da Câmara de Vereadores e completando seu terceiro mandato na casa, Amsterdam questiona a legalidade da decisão.
— Como vereador não fui chamado em nenhum momento para discutir esse tema. Apesar de o regimento da câmara ser presidencialista, essas decisões não podem ser tomadas sem se informar os outros vereadores — afirma.
Vila rebate as acusações e diz que a câmara e o TRE nunca foram informados da cassação.
— Entendi que a população seria prejudicada e por isso entrei com a liminar, tanto que ela foi aceita pela ministra — afirma, ao citar a aprovação da ministra Nancy Andrighi: — Não estou a favor de ninguém, apenas da lei. Também não preciso avisar a ninguém. A vacância nunca foi informada, as eleições não podem ser diretas — defende.
A cidade de Magé tem 13 vereadores, sendo que três deles estavam concorrendo ao cargo de prefeito na votação do dia 17
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