Estudantes da UFF fazem pesquisa em escola agrícola de Magé

Professor Carneiro -Diretor do Colégio Agrícola


O Colégio Estadual Agrícola Almirante Ernani do Amaral Peixoto, localizado no distrito de Rio d’Ouro, em Magé, ganhou mais um aliado. Por meio de uma parceria de cooperação técnica, os estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), dos cursos de Engenharia Agrícola Ambiental e Engenharia de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, poderão fazer atividades práticas na unidade. Nesta sexta-feira (13/08), o acordo foi consolidado.

- Com certeza, a UFF vai trazer prestígio para nossa escola, por ser uma das melhores universidades do país. Será uma via de mão dupla. Tanto os universitários, quanto os nossos alunos, serão beneficiados com a troca de experiências. A idéia é promover uma educação integrada – frisou o diretor Luiz Carlos Gomes Carneiro.

O colégio agrícola conta com 146 alunos, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Curso Técnico em Agropecuária. A unidade também oferece aos jovens e adultos o Projeto Autonomia, que prevê reduzir a distorção idade-série.

Raquel de Carvalho Santana, de 25 anos, estudante do 2º módulo do curso técnico, acredita que todos só têm a ganhar.

- Acho que essa fusão vai gerar benefícios para nossa escola, principalmente na área de criação de animais, processamento de leite e produção de queijos.

Criado em 1988, o colégio funciona há dez anos na Fazenda Conceição de Suruí, onde também se encontra o Centro de Ensino Integrado Agroecológico Barão de Langsdorff (CEIA), e tem o apoio do Instituto Kinder do Brasil.

Os alunos têm aulas de agricultura, piscicultura, criação de animais de pequeno e médio porte, zootecnia, construções rurais, desenho e topografia, irrigação, drenagem e paisagismo. Parte da energia consumida pela unidade vem de 148 paineis solares fixos e oito móveis.

- Estou achando maravilhoso. É um incentivo a mais para que eu ingresse na universidade – animou-se Paulo César Gomes Pereira, do 2º módulo do curso técnico, exibindo o aquário com algumas espécies de peixes.

Por estar em Área de Proteção Ambiental (APA), o CEAGRIM faz parte ainda do Mosaico de Unidades de Conservação da Mata Atlântica Central Fluminense.

- Não podemos trabalhar de forma desfragmentada. Temos que pensar no conjunto da Mata Atlântica – destacou o jornalista Francisco Pontes de Miranda Ferreira, ex-professor de Geografia, Sociologia e Filosofia do colégio e atualmente coordenador do escritório técnico do Mosaico.

Colocando em prática todo o conhecimento sobre preservação ambiental e necessidade de arborização, seis mil, das 50 mil mudas cultivadas na unidade, foram plantadas em toda a área do entorno. O colégio também foi convidado pela Secretaria de Educação a participar do Dia C, em setembro, quando os alunos da rede estadual darão uma contribuição à natureza, plantando novas mudas.


- Faço o curso de Engenharia Agrícola Ambiental na UFF. Ter mais um espaço de pesquisa e prática, com certeza, só pode acrescentar aos meus estudos – disse Nathália Andrade, atenta às exigências do mercado profissional.